A figura humana foi, e é, o objeto favorito de representação na arte. Deuses, seres venerados, figuras da imaginação, são representados sob a forma humana. O corpo humano é, muitas vezes, representado sem qualquer significado e apenas decorativamente por conta da beleza da forma.
Essa postagem tem como objetivo trazer o que se tem nas fachadas, ou mesmo interiores, de algumas edificações de Belém quando o tema é a figura humana.
Essa postagem tem como objetivo trazer o que se tem nas fachadas, ou mesmo interiores, de algumas edificações de Belém quando o tema é a figura humana.
Desde que foi introduzida na decoração, a figura humana tem sido tratada de forma convencionada. Isso inclui o uso da face humana de forma mais ou menos fiel à natureza - as máscaras - ou com deformações - os mascarões -, estranhas combinações de formas humanas e formas de animais ou plantas.
A seguir, alguns exemplos de máscaras utilizadas de forma isolada, em sua maioria, nos arcos de portas e janelas de residências.
Exemplares de máscaras, respectivamente, nas ruas Gama Abreu, 16 de novembro
e Tomázia Perdigão, Belém, Pará
Foto: Domingos Oliveira, 2011
Residência na Rua Senador Manoel Barata, Belém, Pará
Foto: Domingos Oliveira, 2011
Residência na Tv. dos Tupinambás, Belém, Pará
Residência na Avenida 16 de novembro, Belém, Pará
Foto: Domingos Oliveira, 2011
Prédio do Quartel General na Rua João Diogo, Belém, Pará
Foto: Domingos Oliveira, 2011
Prédio do Quartel General na Rua João Diogo, Belém, Pará
Foto: Domingos Oliveira, 2011
Prédio do Quartel General na Rua João Diogo, Belém, Pará
Foto: Domingos Oliveira, 2011
Rua 15 de novembro, Belém, Pará
Rua 15 de novembro, Belém, Pará
Travessa São Francisco, Belém, Pará
Foto: Domingos Oliveira, 2011
Travessa São Francisco, Belém, Pará
Foto: Domingos Oliveira, 2011
Rua 28 de setembro, Belém, Pará
Avenida 16 de novembro, Belém, Pará
Foto: Domingos Oliveira, 2011
O exemplo a seguir mostra o uso de mascarões: cabeças com expressões grotescas das quais brotam elementos vegetalistas.
Frontão de uma residência na Avenida 16 de novembro, Belém, Pará
Foto: Domingos Oliveira, 2011
Foi frequente, o uso da metade superior do corpo humano como ponto de partida do ornamento, ou combinada com animais, originando, por exemplo, esfinges e centauros.
Nas arquiteturas egípcia, persa, grega e romana é possível encontrar figuras humanas como apoios de vigas e telhados. Os nomes modernos - Cariátides e Atlantes - para tais suportes são derivados da Antiguidade. O nome Cariátide, por exemplo, para figuras de apoio femininas, é derivado da cidade de Caryae, no Peloponeso, ou segundo outra versão, imitações de virgens que dançavam no Templo de Caryse na festa de Diana. Sua introdução na arquitetura também pode ser devida ao fato de que as Senhoras de Caryae, como castigo pelo apoio que deram aos persas, foram obrigadas a servir como transportadoras de carga (MEYER, 1920, p. 241).
A Idade Média fez pouco uso de Atlantes e Cariátides; a Renascença e os estilos seguintes, ao contrário, usaram-nos livremente, isolados ou conectados com paredes, em alto e baixo relevo.
Da arquitetura em Belém, inspirados nas Cariátides gregas, extraímos os dois exemplo a seguir, ambos utilizados como suportes de sacadas.
Foto: Domingos Oliveira, 2011
De um casarão localizado na área do Centro Histórico da cidade foi extraído o exemplo a seguir: uma espécie de sereia. Foi utilizada como arremate lateral de uma platibanda.
Platibanda de um casarão localizado na Rua Manoel Barata, Belém, Pará
Foto: Domingos Oliveira, 2011
Uma sequência de figuras que lembram pequenos Atlantes formam a platibanda de um casarão no Centro Histórico de Belém.
Espécie de pequenos Atlantes, na Rua 15 de novembro, Belém, Pará
Foto: Domingos Oliveira, 2011
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MEYER, Franz Sales. A handbook of ornament. New York, The Architectural Book Publishing Company, 1920?. Disponível em: http://ia331434.us.archive.org/1/items/handbookoforname1900meye/handbookoforname1900meye.pdf> Acesso em: 25 jul 2010.
OLIVEIRA, Domingos Sávio de Castro. O vocabulário ornamental de Antônio José Landi: um álbum de desenhos para o Grão Pará. 2011. 227 p. Dissertação (Mestrado em Artes). Instituto de Ciências da Arte da Universidade Federal do Pará, Belém, 2011.
Muito legal este Blog sobre os ornamentos.
ResponderExcluirParabéns! e continua assim!
ANGELO>
Obrigado pela visita, Angelo.
ExcluirEstou adorando as informações e a representação da nossa arquitetura paraense. Seria incrível se os nossos governantes tivessem acesso a essas informações e cuidassem da nossa arquitetura. Parabéns!!!!
ResponderExcluirSem dúvida que o passado deveria ser olhado com mais atenção, afinal ele forma o que somos hoje.
ExcluirObrigado pela visita.
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