sábado, dezembro 17, 2011

Anjos "sobre" Belém

Anjo (no grego ággelos (γγελος) e no latim angelus), conforme a tradição judaico-cristã, são seres espirituais, conservos de Deus (Apocalipse 19:10).
Os relatos bíblicos e a hagiografia cristã - relato ou biografia da vida de um santo - contam que os anjos, muitas vezes, foram agentes de feitos miraculosos, e a crença nesta tradição é que uma de suas missões é auxiliar o homem a se aproximar de Deus.
Para algumas religiões, os anjos são espíritos puros assexuados, intermediários entre Deus e a humanidade.
A partir da Idade Paleocristã, foram representados, em geral, como rapazes alados e com auréola luminosa e, no Renascimento italiano, também em forma de meninas. Cabeças de anjos com asas, cabeças de jovens com uma auréola, são encontradas, pela primeira vez, no estilo Bizantino. No Renascimento italiano, a representação teve caráter ingênuo, nos frisos e arcos, nos preenchimentos de medalhões e nas molduras. Muitas vezes, ocorreram em túmulos e são muito utilizados na moderna decoração eclesiástica.
A seguir, algumas figuras angelicais existentes em igrejas de Belém e os dois últimos exemplos, na fachada de uma residência e no Cemitério da Soledade.

Nos retábulos laterais da Igreja de Santo Alexandre, é possível encontrar alguns exemplos, como o que segue, localizado no coroamento de um nicho.

Da catedral da Sé, destaco dois exemplares.
O primeiro coroa a moldura de uma tela localizada em uma das dez capelas laterais.
  
No segundo exemplo, uma cabeça de anjo com um par de asas forma, com enrolamentos vegetalistas, a composição encontrada na moldura das janelas superiores das paredes laterais da nave da igreja.

Nos altares laterais da Igreja do Carmo, servindo de peanha para as imagens de santos: cabeças de anjos aladas ladeadas por volutas.
No frontão do retábulo de Nossa Senhora do Carmo, localizado no transepto da igreja carmelita, há uma cabeça de anjo alada. Semelhante elemento se repete no lado oposto do mesmo transepto, no retábulo do Santíssimo.
Retábulo de N. S. do Carmo, Igreja do Carmo, Belém, Pará
Foto: Domingos Oliveira, 2010
Retábulo do Santíssimo, Igreja do Carmo, Belém, Pará
Foto: Domingos Oliveira, 2010

Na Igreja das Mercês, é possível encontrar duas cabeças de anjo aladas, sobre cada uma das portas laterais à capela-mor.
Detalhe de moldura de porta, Igreja das Mercês, Belém, Pará
Foto: Domingos Oliveira, 2010

Na Capela Pombo, edificação atribuída ao italiano Antônio Landi, há dois exemplos de anjos no retábulo-mor.
Cabeça de anjo ladeada por volutas e elementos vegetalistas,
no retábulo-mor da Capela Pombo, Belém, Pará
Foto: Domingos Oliveira, 2010
 
Cabeça de anjo ladeada por volutas e elementos vegetalistas, 
sobre o nicho do retábulo-mor da Capela Pombo, Belém, Pará
Foto: Domingos Oliveira, 2010

Os anjos aparecem predominantemente nas edificações religiosas, mas é possível encontrá-los, por exemplo, em residências. No exemplo a seguir, o detalhe está no fato de que os anjos estão representados não apenas por cabeças, mas com o corpo inteiro.
Fachada de uma residência na Travessa Doutor Moraes, Belém, Pará
Foto: Domingos Oliveira, 2011

A seguir um dos muitos exemplos existentes no Cemitério da Soledade. Na imagem, a fachada de um mausoleu, na qual se vê, no frontão e no arco da porta, duas cabeças de anjos aladas.
Para mais exemplos de anjos existentes no Cemitério da Soledade consultar: Ornamentos da Saudade I.

Fotos: Domingos Oliveira

Fonte:
OLIVEIRA, Domingos Sávio de Castro. O vocabulário ornamental de Antônio José Landi: um álbum de desenhos para o Grão Pará. 2011. 227 p. Dissertação (Mestrado em Artes). Instituto de Ciências da Arte da Universidade Federal do Pará, Belém, 2011.

sábado, dezembro 03, 2011

Ornamentos da Saudade - final

Dando prosseguimento a minha contribuição aos estudos do Cemitério da Soledade, a seguir, listo, mais alguns ornatos encontrados nesse espaço.


Em todas as eras, as flores foram extremamente populares na arte ornamental, seja no plano, seja no relevo. Foram usadas sob as formas mais diversas, aplicadas em ramos, festões, guirlandas e coroas. A flor lembra o estado de infância e, assim, de certa forma, o paraíso. Os túmulos do Cristianismo primitivo (assim como dos pagãos) eram localizados, com frequência, dentro de jardins. Enfeitavam-se os túmulos com flores frescas, ou com suas representações, a fim de evocar a imagem do paraíso repleto de flores. Uma vez que igrejas e altares estão ligados diretamente aos túmulos dos mártires, o seu ornato logo se transferiu àqueles (HEINZ-MOHR, 1994, p. 163).
A ROSETA - flor estilizada - foi empregada já na Mesopotâmia. Fez parte de estilos revivalistas na arquitetura desde a Renascença. É utilizada em sequência ou separada, formando faixas. No primeiro exemplo abaixo, vê-se uma sucessão de rosetas combinadas a entrelaçados. No segundo, as rosetas aparecem isoladas e no terceiro, formando uma faixa.

A SERPENTE, quando esculpida engolindo a si própria, denota a eternidade. Nos exemplos a seguir, a serpente está em forma de círculo tendo, ao centro, respectivamente, um girassol e uma rosa. O girassol é o símbolo da fé em Cristo e a rosa, na Idade Média, um atributo das virgens, e também um símbolo da Virgem Maria (LEXIKON, 1994, p.175).  
 

Um MANTO (ou uma cortina) sobre os objetos refere-se à tristeza que os envolveu. Em geral, está associados a outros símbolos, como um livro ou uma coluna. Nos exemplos a seguir, o manto cobre, quase totalmente, o objeto, uma espécie de vaso.

O uso constante de VASOS na decoração dos templos deve-se, principalmente, ao seu sentido esotérico. O vaso está ligado à simbologia da fecundidade – o útero – e representa, portanto, um depositário da vida, o tesouro da vida espiritual (SOBRAL, 1986, p. 116).
O vaso simboliza, quando vazio, o corpo separado da alma e, coberto com um manto, refere-se à tristeza que o cobriu.
A seguir, alguns exemplos: o primeiro, de ferro, é um detalhe de um gradil de proteção de um túmulo; o segundo, destaque para o nome de mulher gravado no corpo do vaso; o terceiro é envolvido, parcialmente, por folhas.


Há um grupo de vasos que possui em seu topo, como se fosse uma tampa, um ornamento que imita chamas. É denominado VASO-FOGARÉU ou simplesmente fogaréu. Simboliza o elemento fogo, a destruição das forças do mal pela purificação e é, normalmente, utilizado como símbolo da fé e do sacrifício. Foi utilizado em fachadas de edifícios, bem como em retábulos nas igrejas. Nos túmulos do Soledade, podem ser encontrados alguns exemplos como os vistos a seguir.

Dos exemplos seguintes, os quatro primeiros possuem, em comum, o uso de um panejamento em seu corpo, adornado-o. O quinto possui a seção do corpo com forma não circular, contrário dos demais, e apresenta ranhuras horizontais.

A imagem a seguir mostra dois ângulos do PÓRTICO localizado atrás da capela do Cemitério. Há nele, alguns elementos que fazem citações à linguagem utilizada pelo arquiteto italiano Antônio Landi como: as volutas formando aletas lateralmente e o uso da linha curva combinada com segmentos de reta nas laterais, além de vasos-fogaréu.

O mausoléu a seguir é como uma réplica, em proporções menores, de um templo dórico e seus detalhes ornamentais: frontão triangular com acrotério sob a forma de uma cruz, tríglifos,no friso, gotas abaixo desse, capitel e pilar com fuste estriado.
Abaixo da imagem, está um desenho com os ornamentos citados. 
Detalhes ornamentais da ordem dórica
Fonte: KOCH, 2004, p. 11

Este é um dos mausoléus mais ornados do Soledade. O frontão é encimado por um elemento em arco, coroado por uma cruz, no qual há uma águia com as asas abertas. No centro da composição, há uma cártula com a dedicatória do proprietário do mausoléu, sob a qual há uma cabeça de anjo alada. Enquadrando a cartela, pilastras, volutas e conchas. Em cada lado do frontão, um vaso fogaréu. O friso tem, ao longo de seu desenvolvimento, elementos vegetalistas, ao centro, duas cabeças de animais e, nas extremidades, cabeças de Cristo. Os pilares são coroados por capiteis nos quais há dragões e elementos vegetalistas. A porta do mausoléu, em arco pleno, é encimada por uma cabeça de anjo alada.

A seguir, outro exemplar bastante ornamentado. Sem a leveza dos demais túmulos, este exibe formas pesadas, principalmente, na parte superior com grandes peças, semelhantes a acrotérios, e rosetas. Destaque para as duas figuras femininas, como se fossem apoios, que lembram Cariátides gregas. No centro do conjunto, ao alto, folhas circundam o elemento superior. Sob as folhas, estão: uma ampulheta e um par de asas abertas sobrepostos a um osso e uma foice cruzados. Abaixo do conjunto, um brasão, no qual se observa uma âncora, símbolo relacionado à patente militar do proprietário do túmulo. Na parte de baixo, central, uma inscrição contendo uma dedicatória. Acima do texto, um festão vegetalista em arco e dois, pendentes nas laterais. Na base do jazigo, sequência de elementos circulares, semelhantes a botões.
Esta postagem encerra, por enquanto, a análise / descrição parcial dos ornamentos do Cemitério da Soledade. Sem a pretensão de querer esgotar o assunto ou de fazer um inventário do acervo cemiterial do local, esta é minha contribuição para que se olhe com mais atenção para essa que é uma das preciosidades da cidade de Belém, e que vai, há anos, tentando guardar recordações de um tempo distante.

Todas as imagens: Domingos Oliveira, 2011
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HEINZ-MOHR, Gerd. Dicionário dos Símbolos: imagens e sinais da arte cristã. São Paulo: Paulus, 1994.
 

KOCH, Wilfried. Dicionário dos Estilos Arquitetônicos. São Paulo: Martins Fontes, 2004.
 

LEXIKON, Herder. Dicionário de Símbolos. São Paulo: Cultrix, 1994.
 

OLIVEIRA, Domingos Sávio de Castro. O vocabulário ornamental de Antônio José Landi: um álbum de desenhos para o Grão Pará. 2011. 227 p. Dissertação (Mestrado em Artes). Instituto de Ciências da Arte da Universidade Federal do Pará, Belém, 2011.
 

SOBRAL, Maria de Lourdes Sampaio. As Missões Religiosas e o Barroco no Pará. Belém: Universidade Federal do Pará, 1986.


quarta-feira, novembro 30, 2011

Ornamentos da saudade I


Continuando a olhar para o Cemitério da Soledade, localizado no centro da cidade de Belém, esta postagem, e a seguinte, têm por objetivo verificar alguns dos muitos ornamentos existente nessa necrópole e descrevê-los.
Venha comigo!
Vale a pena.

O ACROTÉRIO, do grego, elemento mais elevado, é o recurso que serve como arremate ornamental para o ponto mais alto de um frontão. O acrotério de canto, ou angular, é usualmente encontrado nas extremidades inferiores dos frontões triangulares. Utilizados, primeiramente, na arquitetura da Antiguidade Clássica, foi utilizado também como elemento ornamental de urnas funerárias e sarcófagos.
A forma mais comum de acrotério é o vegetalista, mas é possível encontrar vasos, bolas, globos, prismas facetados, pinhas, animais fantásticos e até estatuetas humanas. Os exemplos encontrados no Soledade apresentam, predominantemente, elementos vegetalistas como os mostrados a seguir.

A AMPULHETA simboliza a passagem do tempo de vida. Às vezes é associada a um par de asas, símbolo de que a existência humana é fugaz, e que irá se esgotar. Nos exemplos a seguir, ampulheta e par de asas compõem com duas armas cruzadas, o conjunto.

A representação das ÁRVORES é larga na simbologia cemiterial. Conforme a situação em que é vista, trazem significados específicos da cultura e crença do falecido. Uma árvore com galhos cortados, como a da imagem, representa a morte precoce; uma árvore brotando, a vida eterna.


A FOLHA MONTANTE (ou flor montante) também denominada cogulho indica um pequeno elemento ornamental esculpido de pedra representando folhas estilizadas, de uso comum na arquitetura do estilo gótico. Estes elementos encurvados e retorcidos brotam em repetição, e são colocados à mesma distância um do outro, principalmente para rematar arestas de pináculos e arcos. Nos exemplos a seguir, folhas montante estão aplicadas nos acabamentos das coberturas de mausoléus e, no primeiro exemplo, também no pináculo lateral.


Frutos, folhas e flores podem ser agrupados sob as formas de GUIRLANDAS e de FESTÕES. As primeiras, de forma circular, podem ser arrematadas com fitas, enroladas ao longo do círculo ou compondo laços. Os festões podem ser compostos pendentes nas extremidades, sob a forma de curvas, ou em apenas uma das extremidades. São comuns ao estilo Românico e têm sua origem ligada aos festões de frutos verdadeiros utilizados como decoração sobre os frisos de templos. Foi revivido pela Renascença em formas mais ou menos modificadas nos edifícios e túmulos religiosos e esteve presente em estilos posteriores. A forma do ornato sugere movimento e ritmo e o conjunto de flores e frutas pode ser substituído por tecidos ou drapeados. Nos exemplos a seguir, é possível ver na imagem superior central, um festão pendente e arrematado com uma espécie de botão e laço de fita, as demais, são guirlandas. Chama a atenção, a guirlanda, inferior à esquerda, formada somente por folhagens, em cuja composição, as folhas da esquerda são de acanto e as da direita, de louro.

A FIGURA HUMANA foi, e é, objeto favorito de representação na arte. Poderes sobrenaturais, deuses, seres venerados, são representados sob a forma humana. O corpo humano é, muitas vezes, representado sem qualquer significado e só decorativamente por conta da beleza da forma.
Figuras humanas são comuns à arte cemiterial, sejam elas sob a forma de santos ou de anjos, sendo os últimos com grandes variações: de corpo inteiro ou apenas cabeças aladas.
Nos exemplos a seguir, é possível ver, respectivamente: à esquerda uma imagem de Nossa Senhora da Conceição e à direita uma figura feminina com uma criança no colo.

Os três exemplares abaixo mostram ANJOS com grandes asas abertas. O central, diferente dos demais, está sentado e tem a seus pés, um crânio.

CABEÇAS DE ANJOS aladas são comuns à arte cemiterial e, neste campo santo não é diferente. Na imagem a seguir, destaque-se àquela mais à esquerda, cabeça de anjo alada e com elementos vegetalistas na parte superior do conjunto. A imagem mais à direita é uma cabeça de Cristo aplicada no friso de um mausoléu.

O LEÃO indica proteção ao túmulo em que estiver aplicado. Remete também à coragem e determinação das almas dos entes cujos corpos ali repousam. O exemplo mostra quatro leões deitados e servindo de base ao mausoléu.

A máscara, na origem do termo, é um rosto oco e artificial destinado a esconder a expressão humana, a fim de tornar quem a usa, irreconhecível, ou para caracterizá-lo de alguma forma especial. A utilização das máscaras provém da Grécia, dos jogos da colheita e desses foram transferidas para o teatro. As máscaras são, geralmente, fiéis à natureza ou idealizam-na; já os MASCARÕES são faces sorridentes, deformadas, distorcidas por acessórios ou terminando em folhagens. O exemplo, a seguir, mostra um mascarão sobre a porta de um mausoléu. Olhos, nariz e boca e folhagens compõem o ornato, encimado por um elemento vegetalista.

Os OBELISCOS são pilares altos, monolíticos em forma de paralelepípedo, estreitando-se no alto e terminando em pirâmide. É um símbolo religioso egípcio que foi usado como ornamento arquitetônico no Renascimento em dimensões reduzidas, frequentemente, junto com as volutas, sobre os frontões dos edifícios. São utilizados também isolados, como os três exemplos a seguir, marcando um túmulo. Têm, em geral, em suas faces, ornatos. Nos exemplos, há elementos vegetalistas, uma cruz e um manto.

Os CAPITÉIS, elementos que coroam os pilares, aqui estão presentes em grande número e nas mais variadas forma, desde citações aos clássicos dórico, jônico e coríntio, como variações do tema, sejam eles com elementos geométricos, vegetalistas, faunísticos.



Todas as imagens: Domingos Oliveira, 2011
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Fontes:

OLIVEIRA, Domingos Sávio de Castro. O vocabulário ornamental de Antônio José Landi: um álbum de desenhos para o Grão Pará. 2011. 227 p. Dissertação (Mestrado em Artes). Instituto de Ciências da Arte da Universidade Federal do Pará, Belém, 2011.





sábado, outubro 22, 2011

Portas da Saudade

O Cemitério da Soledade foi construído por volta de 1850, em Belém, no Pará, quando a febre amarela e a cólera levaram à morte, centenas de pessoas, e funcionou por 30 anos.
Na época de sua implantação, a área em que está localizado ainda estava fora dos limites da cidade. Com o crescimento urbano, o lugar passou a ser área nobre.
Inscrito, em 1964, nos Livros do Tombo do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - IPHAN - o Conjunto Paisagístico do Cemitério de Nossa Senhora da Soledade guarda parte da história da cidade e um acervo arquitetônico composto por lápides e mausoléus e uma capela.
Esta postagem se concentra nas portas de ferro de alguns mausoléus e seus muitos detalhes.
Os exemplos aqui apresentados foram reunidos em grupos a partir da forma da verga da porta: reta, em arco pleno, em arco ogival e em arco abatido. 

Verga reta
 Porta com folha vazada e espécie de rendilhado na parte superior
Foto: Domingos Oliveira, Out/2011
Porta com folha não vazada e sobreposição de cruz, medalhão e rosetas
Foto: Domingos Oliveira, Out/2011
Porta com folha parcialmente vazada, espécie de rendilhados na parte superior e 
sobreposição de medalhão e ornatos de canto na parte inferior
Foto: Domingos Oliveira, Out/2011
Porta com folha parcialmente vazada, espécie de rendilhados na parte superior e 
sobreposição de ornatos na parte inferior
Foto: Domingos Oliveira, Out/2011
Porta com folha parcialmente vazada e espécie de rendilhado na parte superior
Foto: Domingos Oliveira, Out/2011
Porta com folha parcialmente vazada
Foto: Domingos Oliveira, Out/2011

Verga com arco pleno
Porta com folha vazada
Foto: Domingos Oliveira, Out/2011
Porta com folha parcialmente vazada, uso de elaborados ornamentos e aplicação de roseta
Foto: Domingos Oliveira, Out/2011
Porta com folha parcialmente vazada e o uso de elaborados ornamentos
Foto: Domingos Oliveira, Out/2011
Exemplo com folha parcialmente vazada, espécie de rendilhado na bandeira e 
marcas de um possível ornamento na parte mais baixa da porta
Foto: Domingos Oliveira, Out/2011
Porta com folha parcialmente vazada, espécie de rendilhado na bandeira e 
ornamentos sobrepostos na parte mais baixa da porta
Foto: Domingos Oliveira, Out/2011
Porta com duas folhas, com vasos, conchas e profusão de elementos vegetalistas
Foto: Domingos Oliveira, Out/2011

Verga com arco ogival
Porta com folha parcialmente vazada, preeenchida com espécie de rendilhado e
aplicação de estrelas e cruz
Foto: Domingos Oliveira, Out/2011
Porta com duas folhas parcialmente vazadas, 
preeenchidas com espécie de rendilhado e aplicação de rosetas e cruz
Foto: Domingos Oliveira, Out/2011
Porta com folha vazada
Foto: Domingos Oliveira, Out/2011
Porta com duas folhas parcialmente vazadas, com rendilhados e ornatos em relevo
Foto: Domingos Oliveira, Out/2011
Porta com folha parcialmente vazada, com ornatos vegetalistas e aplicação de rosetas
Foto: Domingos Oliveira, Out/2011
  
Verga com arco abatido ou rebaixado
Porta com folha parcialmente vazada
Foto: Domingos Oliveira, Out/2011
Porta com folha parcialmente vazada
Foto: Domingos Oliveira, Out/2011