domingo, fevereiro 05, 2012

Cariátides

Foi frequente, o uso da metade superior do corpo humano como ponto de partida do ornamento, ou misturada com animais, originando, por exemplo, esfinges e centauros.
Nas arquiteturas egípcia, persa, grega e romana é possível encontrar figuras humanas como apoios de vigas e telhados. Os nomes modernos para tais suportes são derivados da Antiguidade. Segundo a mitologia grega, o Atlas suporta o cofre do céu nas extremidades da terra, daí provindo o nome Atlantes para os apoios em forma masculina. O nome Cariátide, para figuras de apoio femininas, é derivado da cidade de Caryae, no Peloponeso, ou segundo outra versão, imitações de virgens que dançavam no Templo de Caryse na festa de Diana. Sua introdução na arquitetura também pode ser devida ao fato de que as Senhoras de Caryae, como castigo pelo apoio que deram aos persas, foram obrigadas a servir como transportadoras de carga (MEYER, 1920, p. 241).
De frente e de lado, Cariátides, à esquerda, e Atlantes, à direita
Fonte: Meyer, 1920, p.243
A Idade Média fez pouco uso de atlantes e cariátides; a Renascença e os estilos seguintes, ao contrário, usaram-nos livremente, isolados ou conectados com paredes, em alto e baixo relevo.

Da arquitetura em Belém, inspirados nas Cariátides gregas, extraímos os dois exemplo a seguir, ambos utilizados como suportes de sacadas.
 Av. Generalíssimo Deodoro, Nazaré, Belém, Pará
Foto: Domingos Oliveira, 2011
  Av. Generalíssimo Deodoro, Nazaré, Belém, Pará
Foto: Domingos Oliveira, 2011
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MEYER, Franz Sales. A handbook of ornament. New York, The Architectural Book
Publishing Company, 1920?. Disponível em: http://ia331434.us.archive.org/1/items/handbookoforname1900meye/handbookoforname1900meye.pdf> Acesso em: 25 jul 2010.

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